
Algumas vezes esqueci de regar meu jardim e senti falta do perfume das flores, da suavidade das rosas. Nunca fui obrigado a fazer nada que não queria graças a minha liberdade e escolha por ser o que minha alma sussurrava. Ofereci ternura e calmaria e nem sempre recebi em troca gratidão, muito menos consolo. Tenho aprendido com o tempo que reciprocidade é para quem entende a intenção do irmão, é para quem tem esperança nos olhos e empatia como espelho.
Minha vida nem sempre foi fácil e nem é pra dizer bem a verdade, nem toda colheita é boa e às vezes a chuva e também o calor em demasia fazem meus olhos jorrarem e deixam-me aflito. Nem sempre sou o melhor que posso, mas estou lutando dia após dia para vencer meus erros e não deixar minhas verdades machucarem o próximo.
Acho que eu sou o próprio tempo, o tal aprendizado.
É coisa de sentir, pois é. Eu sou.
– Vitor Ávila