Pedirei perdão todas às vezes que eu lhe magoar - e olharei para dentro de mim, sabendo o quanto dói no meu peito -, porque quando as lágrimas escorrem dos seus olhos, minha alma sangra. 
E, por outro lado, se você esboça um sorriso, minha vida parece cada vez mais radiante e valiosa, mas não vivemos só de extremos, não é? Sempre tive a permissão de pensar que meio-termo é algo que pode acrescentar tanto em nossas vidas. Por que eu me afastaria de você, sabendo que você é o meu mar de felicidade e ao mesmo tempo é ponte que se desfaz em poucos segundos? Do que me importa os erros se é no seu olhar que me perco e me encontro, se é em sua casa que gosto de morar?
Por mais que nos machuquemos, eu tenho certeza de que o amor sempre vale a pena, que se eu sou o seu motivo, meus amanheceres serão cada vez mais deslumbrantes e poderei agradecer por respirar mais um dia na sua presença. Eu sei que o que realmente importa é a possibilidade inteira que temos de sermos felizes, de compartilharmos o que de tão divino nos cabe, mas eu também sou frágil, o que posso fazer? Sou tão humano quanto sagrado e é justamente nisso que devemos encontrar meios para nos reencontrarmos pós temporais e restaurarmos o céu que nos permitimos conhecer.
Você ainda seria a minha chance se eu continuasse a falhar? Não é o perdão que intensifica o nosso amor? Não é a superação da dor que nos faz amar mais e mais ainda? Gostaria de ser meu recomeço, de novo e de novo?
( Vitor Ávila )