“Mais uma vez chegou fazendo morada em meu peito. Deu tanta saudade, senti a palma da sua mão sobre a minha e lembrei que todo aquele frio foi embora num passe de mágica. Você me incendiava tanto que no meu peito ardia a mais pura paixão. Pobre coração. Ontem chorou e agora você se foi. De certa forma, essa saudade é algo que comove a minha alma e me lembra que tudo que vivemos foi numa intensidade tamanha. Saberia nem definir o bem que você me fez, tudo está aqui. Dentro de mim. Tão fortemente vivo e bonito, chega a ser poesia.
Você não se foi! Ficou em mim. É a partida mais dolorida que há. Como explicar isso ao coração? Você quis ir, não mais está. E tudo em mim sente a sua falta. Suas mãos ainda são aquelas que quero que me conduzam. Seus olhos ainda são como estrelas pra mim e sua voz ainda é minha canção preferida. Mas não adianta contar de meu amor a ouvidos que não querem escutar.
Decidi! Eu também tenho que ir. Tem um mundo inteiro por onde quero voar. Guardo as lembranças bonitas no peito, deixo-as ficar. Você me ensinou a amar, isso não preciso esquecer. Mas parto, para o meu bem, para o seu também. Para que, sendo eu feliz, consiga ser feliz com sua felicidade sem mim. Cada um há de encontrar seu caminho sem o outro.
Será? Quero tentar!”
(Vitor Ávila e Rachel Carvalho)



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